02 agosto 2005

O monstro, a bela e o monstro
O início da teoria da conspiração

Num dia somos os culpados por o projecto estar atrasado e por as coisas não estarem a funcar... Trabalhamos horas extra, fins-de-semana, noites, as coisas acontecem.

No dia seguinte, somos os melhores do mundo, conquistadores do universo! Para a próxima vai ser melhor, não vai haver tantos sacrifícios porque as coisas vão ser planeadas com mais tempo e todos vão receber um prémio!

Ao fim da tarde, toda a chefia já mandou um mail com os parabéns.

Mas quando for a revisão salarial, eles vão estar de "pés e mãos atadas" e embora reconheçam o "esforço sobre-humano", não mostrámos pró-actividade suficiente.

Conclusão, as chefias gostam de mandar mails a dar os parabéns, devendo ter até um prémio interno muito bem organizado, com juri e tudo.

O vencedor fica com os prémios prometidos.

Eles pensem em tudo... ;-)



Mudança

Decidem mudar tudo porque sim: há que mostrar obra feita (serve para os políticos e chefias em geral).
Lançam umas ideias (vagas) para o ar. Lançam a incerteza e a desconfiança.
Não perguntam nada a ninguém. Não ouvem os principais interessados e/ou afectados pela mudança. Fecham-se nos seus gabinetes e tomam decisões baseadas em preconceitos, em ideias vagas, em rumores, em intrigas internas.
Depois aguardam o mais que podem e divulgam as grandes mudanças em cima da hora. Não perguntam novamente aos que vão sofrer com isso se estão interessados nessas mudanças ou se estas lhes agradam. Não querem saber. Limitam-se a fazer uma comunicação (muitas vezes nem sequer directa, mas por vias "travessas"), e siga.
Depois admiram-se que as pessoas, assim que têm uma oportunidade, se pisguem.